quarta-feira, 24 de novembro de 2010

E viveram felizes para sempre...



Nesse tópico gostaria de estar abordando um assunto que acredito ter certa relevância.
Se me permite a pergunta, o quê você busca aqui?
Se busca algo inovador, alguma fórmula mágica que irá do dia para a noite, mudar todo o elemento que você julga ser negativo em sua vida, ou um único ensinamento que irá fazer de você o mais feliz dos seres. Sinto muito, mas está no lugar errado.
É muito comum nos depararmos com indivíduos que se consideram sensatos e racionais em sua maneira de tocar a vida. No entretanto, essas mesmas pessoas pautam seus objetivos de forma pouco concisa, diria até fantasiosa.
Com um olhar simplista, acredito que poderíamos dizer que todo ser humano busca ser feliz. Correto?
Então criamos o conceito de situação feliz e nos enveredamos mundo afora para chegar a ela, como o cão que corre ensandecido atrás do pneu do carro.
Por exemplo:
Ter uma bela casa, num ótimo bairro, com um lindo automóvel na garagem, um emprego maravilhoso onde todos lhe recebam com um largo sorriso e que ofereça uma excelente remuneração, tendo filhos super educados e um cônjuge que sua família não apenas aprova mas admira. Talvez você esteja pensando que isso é a situação ideal, o sonho realizado.
Parece até comercial de margarina, daria para colocar uma plaquinha no final com a frase “e viveram felizes para sempre”.
Notou uma coisa engraçada nisso tudo?
Todas essas coisas dependem exclusivamente da sua maneira de interagir com esses elementos, além de, estarem atrelando a felicidade apenas aos fatores externos.
Imagino eu que, muito provavelmente você já tenha ouvido falar de ricos e pobre suicidas. Assim como de miseráveis e magnatas que andam por ai com um sorriso de orelha a orelha. Logo essa teoria da felicidade ligada diretamente ao externo, não parece ter muita credibilidade, pois se assim o fosse, apenas um lado se mostraria sempre feliz.
Não seria mais coerente então, ligar a felicidade a uma condição interna do ser?
Reforma-íntima, senda da iluminação, auto-análise, reflexão interna, etc. Chame como quiser chamar, mas este é um trabalho de uma vida. Aqui queremos conversar sobre algumas ferramentas para auxiliar nesta tarefa. Na qual assim como você, também estamos engajados.
Vamos começar então com essa, a da desilusão.
Acaso os sonhos que lhe impulsionam nesse momento, redundam em alcançar um estado de alegria plena, como naqueles contos de fadas que você lia quando criança?
Em nossas vidas buscamos incansavelmente sermos belos, sábios, sagazes, fortes, poderosos, e uma infinidade de outros adjetivos. Nunca é o bastante. Ao conseguirmos o preto queremos o branco, ao chegar ao alto o baixo nos parece mais promissor, andando como o eterno insatizfeito, que em sua ânsia por tudo ter, esquece que tudo é.
Espero que a imagem que encabeça esse tópico, possa nos propiciar uma boa reflexão a respeito do que foi dito.


Fiquem em paz.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010







.Desconstruir

Ato de desfazer o que está construído. Desmontar, desagregar.





Mas afinal, desconstruir o quê?

Saudações,

Nessa primeira postagem do blog, gostaria de conversar um pouco sobre a ideia que deu origem a ele.
Levante a mão caso alguma das coisas que direi tem alguma similaridade com o quê ocorre na sua vida neste momento.
Acaso você se vê diariamente, enredado numa série de tarefas, muitas das quais lhe causam extress, cansaço e um tremendo desgaste mental? Está ou se sente obrigado a entrar num relacionamento buscando receber de outrem a felicidade? Precisa de muito estudo para conseguir o trabalho ideal, para enfim adquirir todos os bens que o tornarão uma pessoa realizada?
Notou como sempre temos que fazer uma infinidade de coisas, por diversos motivos que sempre redundam em achar no externo a felicidade?
E se eu lhe disser que você já é o todo, que não precisa de nada para ser aquilo que você já é?
Imagino o quão sem sentido isso pode parecer, mesmo não sendo novidade nenhuma. Podemos encontrar diversos livros de mestres e gurus que dizem isso.
Mas então, por que diabos isso parece tão impraticável?
Esta dificuldade é a filha de todos os conceitos, ideias e diretrizes que guiam a nossa vida. São diversos valores que, foram incutidos em cada um de nós no decorrer de nossas vidas, sem passar pelo crivo da razão. Valores passados pelos nossos pais, colhidos nos círculos de amizades, exigidos pela sociedade, etc.
Cito esses valores como sendo na maioria das vezes os grandes carrascos. São eles que se instalam na surdina como quem nada quer, e em pouco tempo estão lá vibrando a ansiedade do buscar aquilo que não se é, o medo das perdas e a comparação exacerbada com o externo.
É nesse ponto que entra a desconstrução.
Gostaríamos de convidá-lo a sentar e relaxar um pouco, mudar o seu foco para dentro e meditar. Reserve um momento na semana para você, deixe os problemas e as preocupações aguardando na sala de estar, curta um pouco a sua companhia.
Será que você está consciente de sua vida, ou ela se passa tão mecanicamente que, todo dia é o mesmo dia?


Estejam em paz.